Se fosse escrever a crônica introdutória do blog hoje, usaria, com certeza, texto de Carlos Drummond de Andrade, retirado do livro “O avesso das coisas”.
Cai como luva em um blog que se presta despretensiosamente a falar de fatos do cotidiano e do que é corriqueiro.
Pudera eu escrever como meu conterrâneo... Talvez em outra vida.
“Assim como os antigos moralistas escreviam máximas, deu-me vontade de escrever o que se poderia chamar de mínimas, ou seja, alguma coisa que, ajustada às limitações do meu engenho, traduzisse um tipo de experiência vivida, que não chega a alcançar a sabedoria mas que, de qualquer modo, é resultado de viver.
Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-as ao leitor, sem que pretenda convencê-lo do que penso nem convidá-lo a repensar suas idéias. São palavras que, de modo canhestro, aspiram a enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um avesso, nem sempre perceptível mas às vezes curioso ou surpreendente.”
30/03/11
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Raquel, foi incrível vir aqui e ler Drummond em seu Interlúdio. Pensei nas mínimas. Acho que se aplicariam perfeitamente ao twitter. Acho que, com base em seu achado, Drummond seria um twitteiro, dos maiores.
ResponderExcluirE por falar em twitter: Eu tento que tento no meu twitter, mas nele sou feito um burro empacado. Se no blog eu consigo que pessoas amigas me leiam, no twitter não rola. Não entendo. @Jefhcardoso74
Sabe, você disse em meu blog que sou cronista, contista, poeta. Fiquei lisonjeado. Mas não posso faltar com a verdade. Não sou não. Sou fisioterapeuta. As letras são minhas companheiras. [sorrio]
Olha a falsa modéstia, hein? Mas então tá, você tenta ser poeta ou contista ou cronista, ok? Fica melhor assim? rsrsrs
ResponderExcluirQuanto ao twitter, infelizmente não posso opinar. Não possuo! Tenho problemas com redes sociais como orkut, facebook ou twitter, apesar de que, este último, pelo que sei, é mais para um diário, não é?
Imaginar o Drummond no twitter fez-me sorrir...
Ainda que Drummond não seja, assim, muito do meu gosto, não há como negar que o texto é bonito. De qualquer forma, fico com a crônica introdutória original. Nela há mais de você, rabiscada num projeto de blog.
ResponderExcluirBjs, Cris
Nossa, preferir-me ao Drummond é insanidade ou cegueira? rsrsrs
ResponderExcluirSó em sonho, ou talvez em outra vida, eu chegaria aos pés do poeta...
Mas agradeço muitíssimo pelo elogio e, indiretamente, pelo incentivo, que, diga-se de passagem, é constante, né?
Beijosss