domingo, 1 de agosto de 2010

“Nem radical, nem chique.”

Dizem por aí que durante a vida todos devem plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Do contrário, a vida não vale a pena.
Mas outro dia li na Radical Chic, criação do cartunista Miguel Paiva e que pode ser considerada pelas mulheres modernas a representação do que há de mais feminista, que durante a vida todos devem plantar uma floresta, ter um blog e usar camisinha.
O mundo mudou tanto assim?
Quanto à floresta, eu concordo. O meio ambiente está por um fio e todos devem contribuir com atitudes voltadas a preservar e salvar a natureza. Então, age diligentemente quem planta uma floresta. E não quero dizer com isso que uma única árvore não seja importante, o que deve ficar bem claro.
Com relação ao blog, ele é com certeza uma excelente ferramenta de exposição de ideias e troca de opiniões. E, indiretamente, uma rede de relacionamento. Mas o livro não é descartável. O livro é o instrumento maior da literatura. É o meio mais fantástico de preservação da história e da cultura e o melhor disseminador de conhecimento.
Já a camisinha é absolutamente necessária para a prevenção de doenças e preservação da saúde. Também serve para evitar filhos. Mas não quer dizer que não haja espaço para filhos na civilização atual. A maternidade continua sendo, talvez, o maior dom e a maior vocação de uma mulher. Por outro lado, filhos só devem ser gerados por mulheres que realmente os queiram e estejam preparadas para “enfrentá-los”. Então, discordo veementemente da Radical Chic quanto à substituição do “filho” pela “camisinha”. Definitivamente não dá para generalizar e extirpar a maternidade do mundo.
Logo, opto pelo antigo dito. A Radical Chic, nesse ponto, não está nada radical. E nem chique.
1º/08/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário