terça-feira, 11 de maio de 2010

“O assunto de sempre.”

Li matéria sobre a proibição, infligida às mulheres na Coreia do Norte, de não dirigir.
O fundamento, pasmem, é que as mulheres são “barbeiras” e, portanto, um perigo no trânsito.
Não irei nem argumentar com os que, provavelmente homens, acham que as mulheres são mesmo “barbeiras”. Isso é até piada, mas, faz tempo, perdeu a graça.
O que merece a devida atenção é, mais uma vez, a condição secundária, submissa e desigual da mulher frente ao homem em algumas sociedades.
Na mesma reportagem, houve relato de outras manifestações cotidianas de desigualdade e preconceito, a meu ver indignas e humilhantes, sofridas pelas mulheres, cujos algozes, majoritariamente, são homens.
Sinceramente, atitudes como as que narradas na matéria já estão ficando até fora de moda. Coisas da Idade Média ou, no máximo, do início do século passado. Mas não combinam nada com o século XXI.
E digo mais, será que os tais “carrascos de mulheres” não atentaram para um fato simples, que só estão neste mundo porque santas mulheres se dispuseram a cumprir o papel natural, ou seja, levá-los na barriga, pari-los e ainda por cima criá-los?
Eles dirão, possivelmente, que “elas não fizeram mais do que a sua obrigação”. E que “mulher só serve para isso mesmo”.
Pois é...
E se por um movimento coletivo e drástico as mulheres deixassem o instinto maternal de lado e se negassem a engravidar?
A humanidade não teria pior sorte, não é? Poderia ser o fim da civilização.
Será que nem assim aqueles que submetem as mulheres a tantas humilhações repensariam a vida?
03/05/10

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